Queridos hoje, eu sem meio o que fazer, porém lotadas de coisas por fazer, andei analisando a LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente, e me chamou a atenção este artigo n° 18, referente ao capítulo II, Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
Tocante este artigo, quando pensamos que atos cruéis e desumanos são ouvidos em reportagens na televisão, na internet e afins, constantemente.
E mediante a isso, logo é inevitável questionar, o que nós educadores e futuros educadores, podemos fazer para que realmente coloquemos a salvo as crianças de tratamentos desumanos, violentos, aterrorizantes, vexatórios ou constrangedores ?
É muito difícil, se pensar numa solução concreta, já que estes tratamentos negativos não estão presos somente em lugares que o educador estará presente. A criança pode sofrer na sua casa, em roda de amigos, podendo também ser ameaçada para não contar nada a ninguém.

Veja os dados de um estudo realizado entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2005:
(Estudo realizado nos serviços de urgência do departamento de Pediatria do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), analisou 416 casos de maus-tratos detectados naquele hospital.)
* 60,3 por cento dos casos as crianças foram vítimas de agressão física;
* 30,3 por cento foram vítimas de abuso sexual;
* 14,4 por cento sofreram abuso emocional com agressão física.
O estudo adianta também que a maioria das agressões (58,9 por cento) ocorreu no domicílio, e 53,1 por cento dos agressores eram coabitantes com a vítima. Em 67,8 por cento das situações o agressor era do sexo masculino, e pai da vítima em 24,3 por cento.
(Fonte: http://familia.sapo.pt/crianca/emocoes/coisas_de_crianca/995799-2.html)
Este estudo foi feito a 6 anos atras, e os números já eram imperdoáveis, imagine hoje como estará?!
Como lembra Chesnais (1981) em seu estudo, os dados de violência em determinado país são indicadores poderosos para se avaliar a qualidade de vida, pois dizem respeito tanto a condições gerais de existência, de trabalho, de sociabilidade, como a vivência de uma cultura de diálogo e tolerância que reatualiza na cotidianeidade, os direitos e os deveres dos cidadãos. .
Como está nossa qualidade de vida? Com tantas evidências de violência não fica tão difícil assim de imaginar.
Lendo e pensando bastante, cheguei a conclusão que é obrigação de todos nós educadores, pais, políticos, filósofos, escritores, teólogos, psicólogos, entre tantos outros, buscarmos soluções alternativas para este problema social que aflige nossas crianças indefesas e imaturas.
- Precisamos de leis mais rígidas contra a violência infantil.
- Campanhas eficazes sobre drogas e alcoolismo.
- E a nós educadores, cabe educar com amor, ternura, paciência e ensinar também as dificuldades e desafios que a vida nos reserva no futuro.
Por Letícia Leite Soares
Estudante Pedagogia - Fals
07/03/2011
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